Estamos revendo todos os filmes dos X-Men produzidos nesses últimos 16 anos. Quarta-feira revemos o primeiro filme. Vejamos a primeira continuação.


Em 2003, três anos após o primeiro filme, X-Men voltaria aos cinemas com uma continuação que superaria todas as expectativas. Não era somente uma questão de superar o nível de qualidade do original. No período entre filmes, a Sony havia lançado o Homem-Aranha de Sam Raimi, levantando o cacife dos super-heróis nas telonas. Superar o impacto daquele filme sem comprometer a identidade do X-Men original não seria tarefa fácil. Mas com Bryan Singer, de volta a direção, a equipe foi capaz de finalmente explorar os personagens mais a fundo e levá-los em jornadas onde havia muito mais em jogo para eles, e para mutantes ao redor do planeta.


Tivemos o privilégio de ver os X-Men e Magneto (Ian McKellen) juntando forças para derrubar a iniciativa de Stryker, que desejava aniquilar todos os mutantes usando os poderes de Xavier (Patrick Stewart). Vimos os alunos mais jovens crescendo e assumindo o peso da responsabilidade ao lutar pela aceitação da raça mutante. Também tivemos o prazer de explorar um pouco do passado de Wolverine (Hugh Jackman).


Vale destacar que sempre foi difícil para uma continuação superar o impacto da obra original. São raros os casos em que se teve êxito, com o mais famoso exemplo sendo O Império Contra-Ataca. E pode se dizer que X2 conseguiu atingir esse patamar.


Um dos pontos fortes foi a vinda de John Ottman, editor do longa, que também compôs a inesquecível trilha sonora, infinitamente superior a do primeiro filme. Você vê isso logo de cara na incrível cena de abertura que mostra o mutante Noturno atacando o Serviço Secreto dentro da Casa Branca.


Em retrospecto, a Fox sempre tinha uma certa apreensão na forma como adaptar filmes de super-heróis, sempre buscando limitar eles de forma a não alienar o público que eles temiam não serem capazes de assimilar tamanha fantasia. Como vemos hoje nos filmes do Marvel Studios, é evidente que esta fora uma decisão equivocada. De qualquer forma, esta continuação mostra Singer sendo capaz de ainda gerar bons resultados independente das limitações*.




*Lembra-se da piada que Ciclope fazia sobre usar uniformes de spandex no primeiro filme? Era assim que se vestiam nos quadrinhos e animações. A Fox jamais permitiria que executassem estes filmes da mesma forma, com esse pavor de alienar o público.




Além disso, tivemos cenas marcantes com Noturno, Tempestade, Jean e Wolverine, mostrando o quanto esses personagens cresceriam. Além disso, o sacrifício de Jean no final elevou o fator-risco nesses filmes. Ninguém estava mais tão seguro. O primeiro X-Men usou a dinâmica entre os personagens para sugerir um potencial. O segundo filme transformou este potencial em dinamismo e catarse.


Depois desse sucesso retumbante, o sucesso da franquia era certo, e múltiplas continuações estavam garantidas. Mas não seria uma jornada sem seus tropeços....


Até semana que vem fique com a marcante cena em que Pyro se entrega a raiva e usa seus poderes contra seres humanos comuns.




Posted in Postado por Eduardo Jencarelli às 13:20  

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