Estreias da Semana - 28/01/2016

(28 de jan. de 2016)



Confira, em destaque, as estreias nos cinemas nesta quinta-feira a seguir:


Os Dez Mandamentos - O Filme

Acolhido pela filha do Faraó ainda bebê, Moisés cresce como Príncipe do Egito, mas volta-se contra sua família adotivo em favor do sofrido povo de Israel, que por ele deverá ser conduzido à libertação. O filme é uma adaptação da história bíblica, e reedição da história contada na novela do canal Record.

Drama - Brasil, 2015.

Direção: Alexandre Avancini.
Roteiro: Joaquim Assis e Vivian de Oliveira.
Elenco: Camila Rodrigues, Denise Del Vecchio, Giselle Itié, Guilherme Winter, Larissa Maciel, Paulo Gorgulho, Sérgio Marone, Sidney Sampaio, dentre outros.

Duração: 110 min.
Classificação: 12 anos.


Pai em Dose Dupla

Brad é executivo em uma rádio e se esforça para ser o melhor padrasto possível para os dois filhos de sua namorada, Sarah. Mas eis que Dusty, o desbocado pai das crianças, reaparece e começa a disputar com ele a atenção e o amor dos garotos.

Comédia - (Daddy's Home) EUA, 2015.

Direção: Sean Anders.
Roteiro: Brian Burns, Sean Anders e John Morris.
Elenco: Will Ferrell, Mark Wahlberg, Linda Cardellini, Thomas Haden Church, Scarlett Estevez, Owen Vaccaro, Bobby Cannavale, Hannibal Buress, Bill Burr, Jamie Denbo, Mark L. Young, Kobe Bryant, dentre outros.

Duração: 96 min.
Classificação: 12 anos.


Caçadores de Emoção - Além do Limite

Um jovem agente do FBI tem como missão se infiltrar em meio a atletas de esportes radicais, suspeitos de cometerem uma série de roubos nunca vistos até então. Não demora muito para que ele se aproxime de Bodhi, o líder do grupo, e conquiste sua confiança.

Ação / Policial - (Point Break) EUA, 2015.

Direção: Ericson Core.
Roteiro: Kurt Wimmer e W. Peter Iliff.
Elenco: Édgar Ramirez, Luke Bracey, Ray Winstone, Teresa Palmer, Matias Varela, Clemens Schick, Tobias Santelmann, Max Thieriot, Delroy Lindo, dentre outros.

Duração: 113 min.
Classificação: 14 anos.


Anomalisa

Michael Stone é um palestrante motivacional que acaba de chegar à Connecticut. Ele segue do aeroporto para o hotel, onde entra em contato com um antigo caso para que possam se reencontrar. A iniciativa não dá certo, mas Michael se insinua para duas jovens que vieram ver a palestra que ele dará no dia seguinte. É quando ele conhece Lisa, por quem se apaixona.

Animação / Comédia / Drama / Romance - EUA, 2015.

Direção: Charlie Kaufman e Duke Johnson.
Roteiro: Charlie Kaufman
Elenco: David Thewlis, Jennifer Jason Leigh e Tom Noonan.

Duração: 91 min.
Classificação: 14 anos.


Trumbo - Lista Negra

O roteirista Dalton Trumbo tem uma história singular em Hollywood: apesar de ter escrito algumas das histórias de maior sucesso da época, como A Princesa e o Plebeu, ele se recusou a cooperar com o Comitê de Atividades Antiamericanas do congresso e acabou preso e proibido de trabalhar. Mesmo após ser libertado, Trumbo levou anos para vencer o boicote do governo, sofrendo diversos problemas com familiares e amigos próximos.

Drama / Biografia - (Trumbo) EUA, 2015.

Direção: Jay Roach.
Roteiro: John McNamara.
Elenco: Bryan Cranston, Michael Stuhlbarg, David Maldonado, John Getz, Diane Lane, Helen Mirren, David James Elliott, Alan Tudyk, Louis C.K., Peter Mackenzie, James DuMont, Elle Fanning, John Goodman, Stephen Root, Dean O'Gorman, Garrett Hines, dentre outros.

Duração: 124 min.
Classificação: 12 anos.


Suite Francesa

Durante a Segunda Guerra Mundial, na França, Lucile Angellier passa os dias junto de sua sogra esperando pelo retorno do Marido, um prisioneiro de guerra. Enquanto alguns combatentes franceses retornam para casa, o pequeno vilarejo onde Lucile mora começa a ser invadido por soldados alemães, incluindo o refinado Bruno Von Falk. Apesar de resistir aos flertes do soldado, Lucile acaba cedendo e inicia uma relação amorosa com ele.

Drama / Romance / Guerra - (Suite Française) França / Inglaterra / Canadá / Bélgica, 2014.

Direção: Saul Dibb.
Roteiro: Matt Charman e Saul Dibb.
Elenco: Michelle Williams, Kristin Scott Thomas, Margot Robbie, Eric Godon, Deborah Findlay, Ruth Wilson, Sam Riley, dentre outros.

Duração: 108 min.
Classificação: 14 anos.



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Estreias da Semana - 21/01/2016

(21 de jan. de 2016)



Confira, em destaque, as estreias desta quinta-feira, nos cinemas, a seguir:


A 5ª Onda

A Terra sofre uma série de ataques alienígenas, conduzidos em etapas. Na primeira onda, um pulso eletromagnético corta a eletricidade do planeta. Na segunda onda, um tsunami gigantesco mata 40% da população. Na terceira onda, os pássaros passam a transmitir um vírus que mata 97% dos sobreviventes. Na quarta onda, os alienígenas se infiltram como humanos, espalhando discórdia entre os que restaram. Com a quinta onda se aproximando, marcando o fim da humanidade, cabe a adolescente Cassie Sullivan proteger seu irmão mais novo.

Ação / Aventura / Ficção Científica / Suspense - (The 5th Wave) EUA, 2016.

Direção: J Blakeson.
Roteiro: Susannah Grant, Akiva Goldsman e Jeff Pinkner.
Elenco: Chlöe Grace Moretz, Zachary Arthur, Maggie Siff, Liev Schreiber, Maria Bello, Ron Livingston, Nick Robinson, Alex Roe, Maika Monroe, dentre outros.

Duração: 112 min.
Classificação: 14 anos.


Reza a Lenda


Ara é um homem de poucas palavras, mas muita determinação. Ele vive em uma terra devastada e sem lei que espera ansiosamente por uma espécie de messias que devolva a justiça e liberdade, usurpadas pelo cruel Tenório. Auxiliado por sua gangue de motoqueiros armados, ele irá lutar contra o universo ao seu redor, e também dramas pessoais como o ciúme de sua mulher.

Ação / Romance - Brasil, 2015.

Direção: Homero Olivetto.
Roteiro: Homero Olivetto, Newton Canitto e Patrícia Andrade.
Elenco: Cauã Reymond, Sophie Charlotte, Luisa Arraes, Júlio Andrade, Humberto Martins, Jonathan Azevedo, dentre outros.

Duração: 87 min.
Classificação: 14 anos.



Joy: O Nome do Sucesso

Criativa desde pequena, Joy Mangano entrou na vida adulta conciliando a jornada de mãe solteira com a de inventora, tornando-se uma das empreendedoras de maior sucesso nos EUA.

Drama / Comédia - (Joy) EUA, 2015.

Direção: David O. Russell.
Roteiro: David O. Russell.
Elenco: Jennifer Lawrence, Robert De Niro, Bradley Cooper, Édgar Ramírez, Diane Ladd, Virginia Madsen, Isabella Rossellini, Dascha Polanco, Elisabeth Röhm, dentre outros.

Duração: 124 min.
Classificação: 10 anos.


Irmãs

As irmãs Maura e Kate Ellis sempre foram diferentes. Enquanto a primeira é conhecida por ser responsável e ajudar os outros, a segunda é especialista em perder empregos e namorados, o que deixa sua filha adolescente furiosa. Quando elas descobrem que a casa onde viveram quando crianças está para ser vendida pelos pais, elas dão uma última festa e aproveitam tudo que não fizeram quando eram novas.

Comédia - (Sisters) EUA, 2015.

Direção: Jason Moore.
Roteiro: Paula Pell.
Elenco: Amy Poehler, Tina Fey, Maya Rudolph, Ike Barinholtz, James Brolin, Dianne Wiest, John Cena, John Leguizamo, Bobby Moynihan, Greta Lee, Madison Davenport, Rachel Dratch, dentre outros.

Duração: 118 min.
Classificação: 16 anos.



Invasores

De origem boliviana, mas moradora de São Paulo, Claudia tem um grande sonho: ingressar na faculdade de música da USP. Já que não possui nenhum instrumento musical em casa, contará com a ajuda de seu namorado e de sua persistência.

Drama - Brasil, 2015.

Direção: Fernando Grostein Andrade e Marcelo Toledo.
Roteiro: Ana Paul.
Elenco: Emanuela Fontes, Rita Batata, Maxwell Nascimento, Dhenyze Iwhone, Fernando Grostein Andrade, Raissa Gregori, dentre outros.

Duração: 82 min.
Classificação: 14 anos.


Body

Um cético investigador de polícia e sua filha, que sofre de bulimia, lidam com a morte de um ente querido. Quando entram em contato com a traumatizada terapeuta Anna, são forçados a mudar suas opiniões sobre vida e morte.

Drama / Comédia - (Cialo) Polônia, 2015.

Direção: Malgorzata Szumowska.
Roteiro: Malgorzata Szumowska e Michal Englert.
Elenco: Janusz Gajos, Maja Ostaszewska, Justyna Suwala, dentre outros.

Duração: 90 min.
Classificação: 14 anos.




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Indicados ao Oscar 2016

(15 de jan. de 2016)



A academia anunciou os indicados para a premiação do Oscar desse ano, que será transmitida no dia 28 de fevereiro.

Segue abaixo cada categoria, e previsões de quem tem mais chances de levar para casa a estatueta (vencedores potenciais em negrito):


Melhor Filme:

A Grande Aposta
Ponte dos Espiões
Brooklyn
Mad Max: Fury Road
Perdido em Marte
O Regresso
O Quarto de Jack
Spotlight: Segredos Revelados


Melhor filme é talvez a categoria mais difícil de estimar. O Regresso é visto como um candidato forte, mas Spotlight explora temas apimentados, e ao mesmo tempo O Quarto de Jack impressionou a muitos. A surpresa foi a omissão de Carol, filme com tudo para ser reconhecido. Por outro lado, é garantido que Ponte dos Espiões não tem chances de ganhar. De qualquer forma, o prêmio de melhor filme é pelo conjunto da obra. Por mais que um filme tenha direção forte ou grandes atores, ele precisa ter um apelo amplo para conseguir apoio.

Mencionemos também a inconsistência dos organizadores em definir um número de indicados nessa categoria. Tradicionalmente, eram cinco indicados. Com muitos acusando a premiação de elitismo, eles resolveram ampliar para dez indicados, mesmo com todos sabendo que nenhuma das opções extras teriam quaisquer chances de levar o prêmio.


Melhor Ator Principal

Bryan Cranston - Trumbo
Matt Damon - Perdido em Marte
Leonardo DiCaprio - O Regresso
Michael Fassbender - Steve Jobs
Eddie Redmayne - A Garota Dinamarquesa

Dessa vez tem de ser DiCaprio. Todo mundo sabe há quanto tempo ele se esforça como ator, sem jamais ter levado um Oscar sequer. Fassbender é outro forte candidato, mas desta vez é difícil imaginar alguém além de DiCaprio. O filme é praticamente feito para ganhar estatuetas.


Melhor Atriz Principal

Cate Blanchett - Carol
Brie Larson - O Quarto de Jack
Jennifer Lawrence - Joy
Charlotte Rampling - 45 Years
Saoirse Ronan - Brooklyn

Blanchett é cotada para a categoria, mas dessa vez a academia deve premiar Brie Larson, que foi a revelação do ano com O Quarto de Jack. Mostrou um domínio de cena e personagem que não havia sido visto antes.


Melhor Ator Coadjuvante

Christian Bale - A Grande Aposta
Tom Hardy - O Regresso
Mark Ruffalo - Spotlight: Segredos Revelados
Mark Rylance - Ponte dos Espiões
Sylvester Stallone - Creed

Essa é a única categoria que Ponte dos Espiões merece levar. Mark Rylance rouba o filme. Tom Hardy também merece por O Regresso. Ambos merecem.


Melhor Atriz Coadjuvante

Kate Winslet - Steve Jobs
Alicia Vikander - A Garota Dinamarquesa
Jennifer Jason Leigh - Os Oito Odiados
Rooney Mara - Carol
Rachel McAdams - Spotlight: Segredos Revelados

O Globo de Ouro premiou Winslet por Steve Jobs. Achamos que Jennifer Jason Leigh foi roubada naquela premiação, e ainda consideramos que ela merece por um trabalho excepcional como vilã no filme de Tarantino.


Melhor Direção

George Miller - Mad Max: Fury Road
Adam McKay - A Grande Aposta
Alejandro González Iñárritu - O Regresso
Lenny Abrahamson - O Quarto de Jack
Tom McCarthy - Spotlight: Segredos Revelados

Iñárritu já levou melhor direção ano passado por Birdman. Isso dá a oportunidade para Miller levar o Oscar por Mad Max. Provavelmente o que tem melhor chance dentre os indicados, com uma obra muitíssimo bem executada.

Melhor Roteiro Original

Spotlight: Segredos Revelados
Ponte dos Espiões
Ex Machina
Divertida Mente
Straight Outta Compton - A História do N.W.A.

Divertida Mente tem um roteiro brilhante e inusitado, mas é bem mais provável que a academia premie Spotight nesse caso. Eles curtem diretores que escrevem seus roteiros. O trabalho de Tom McCarthy e Josh Singer vem sendo merecidamente aclamado e o assunto discutido é garantido de ter apoio por parte da academia, ainda mais quando se tem a oportunidade de criticar a igreja.


Melhor Roteiro Adaptado

A Grande Aposta
Brooklyn
Carol
Perdido em Marte
O Quarto de Jack

Até por criticar a cultura de Wall Street, A Grande Aposta tem o roteiro com maior potencial de levar a estatueta, já que apela às sensibilidades políticas dos jurados.


Melhor Canção

"Earned It" - Cinquenta Tons de Cinza
"Manta Ray" - Facing Extinction
"Simple Song #3" - Youth
"Til it Happens to You" - The Hunting Ground
"Writing's on the Wall" - 007 contra Spectre

Outra categoria concorrida e altamente subjetiva, difícil de ter uma idéia concreta. Os filmes de 007 geralmente se dão bem nesse quesito, tanto que Skyfall levou nessa categoria há três anos atrás.


Melhor Trilha Sonora

Ponte dos Espiões
Carol
Os Oito Odiados
Sicario
Star Wars: O Despertar da Força

Tarantino conseguiu os talentos de Ennio Morricone para compor Os Oito Odiados. Essa lenda italiana, com 87 anos, jamais ganhou um Oscar até hoje. Não que Os Oito Odiados seja seu melhor trabalho, mas é disparado a melhor trilha dos indicados. Ele merece. Ponte dos Espiões está longe de merecer, por mais que Thomas Newman tenha talento, e a trilha de John Williams para esse Star Wars está longe de merecer quanto a dos demais filmes.


Melhor Animação

Anomalisa
Boy and the World
Divertida Mente
Shaun the Sheep Movie
When Marnie was there

Divertida Mente foi o melhor filme da Pixar desde WALL-E. Fácil ver para quem vai este Oscar.


Melhor Direção de Fotografia

Carol
Os Oito Odiados
Mad Max: Fury Road
O Regresso
Sicario

Categoria concorrida. Iluminação e fotografia são pontos fortíssimos tanto para O Regresso quanto para Os Oito Odiados. Tarantino passou o lançamento do filme promovendo as virtudes de tê-lo filmado em 70mm. Ambos os filmes são belíssimos de se assistir. O único revés para Tarantino e Robert Richardson é que temos poucas cenas que se passam fora da cabana, então o potencial é disperdiçado, dando vantagem para a fotografia de Lubezki. De qualquer forma, essa estatueta pode ir para qualquer um dos dois. Ambos merecem.


Melhor Figurino

Carol
Cinderela
A Garota Dinamarquesa
Mad Max: Fury Road
Spotlight: Segredos Revelados

Figurino quase sempre premia filmes de época. Carol se passa na década de 1950 com Cate Blanchett no papel principal. Não é difícil estimar essa categoria.


Melhor Montagem

Star Wars: O Despertar da Força
A Grande Aposta
Mad Max: Fury Road
O Regresso
Spotlight: Segredos Revelados

Mad Max, sem dúvida. Montagem geralmente é um ponto forte em Star Wars, mas não foi o caso dessa vez. Os episódios anteriores tiveram montagens muito melhores. Ritmo e coerência são essenciais, e Mad Max jamais pecou nesse quesito.


Melhor Filme Estrangeiro

O Abraço da Serpente - Colômbia
Mustang - França
Son of Saul - Hungria
Theeb - Jordânia
A War - Dinamarca

Esta é uma categoria na qual as preferências do Oscar geralmente batem com as do Globo de Ouro. O húngaro Son of Saul já havia ganho melhor longa estrangeiro nesse último fim de semana, e permanece como favorito.


Melhor Maquiagem

Mad Max: Fury Road
O Regresso
The 100-year old Man who climbed out the window and disappeared

O Regresso é o favorito nessa categoria, simplesmente pelo fato de como retrata visualmente a jornada de Hugh Glass.


Melhor Direção de Arte

Ponte dos Espiões
A Garota Dinamarquesa
Mad Max: Fury Road
Perdido em Marte
O Regresso

O grande trunfo de O Regresso foi a fotografia. Então é provável que Perdido em Marte leve nesta categoria. O filme é montado de tal forma que permite ao espectador vislumbrar as paisagens de Marte até perder a noção do tempo. A direção de arte do filme é impossível de se ignorar.


Melhor Curta-Metragem

Ave Maria
Day One
Everything will be Okay (Alles Wird Gut)
Shok
Stutterer

Difícil estimar. Day One está sendo cotado por muitos como favorito.


Melhor Curta-Metragem Animado

História de um Urso
Prologue
Sanjay's Super Team
We Can't Live Without Cosmos
World of Tomorrow

Prologue, do lendário Richard Williams, é um candidato forte. A surpresa para nós, sem dúvida, foi a indicação do curta História de um Urso, de Gabriel Osorio. É raro ver produções brasileiras no Oscar, então ver um competidor em animação é muito bem vindo. Não sabemos qual será o resultado, mas torcemos.


Melhor Edição de Som

Star Wars: O Despertar da Força
Perdido em Marte
O Regresso
Sicario
Mad Max: Fury Road

Categoria bem técnica. Nesse caso, acho que Mad Max leva até porque o sétimo filme de Star Wars não trouxe nada de novo pro quesito, mesmo sendo um trabalho bem feito. Do ponto de vista da academia, eles usam as duas categorias - edição e mixagem - para premiar filmes igualmente merecedores, então qualquer coisa é possível.


Melhor Mixagem de Som

Star Wars: O Despertar da Força
O Regresso
Perdido em Marte
Ponte dos Espiões
Mad Max: Fury Road

Mixagem de som é geralmente confundido com edição (e acho que os próprios membros de votam se confundem). Todavia, essa disputa fica entre Star Wars e Mad Max. Tradicionalmente, não existe mixagem melhor do que nas batalhas de Star Wars. Se o espectador é capaz de perceber com clareza o direcionamento do som, é este o filme que merece levar.


Melhores Efeitos Visuais

Star Wars: O Despertar da Força
Perdido em Marte
Mad Max: Fury Road
O Regresso
Ex Machina

Nessa categoria, será um páreo duro entre Perdido em Marte e Star Wars. Mad Max teve mais efeitos práticos, mas em matéria de colocar o público em mundos desconhecidos, é mais garantido ir para o espaço sideral. Nesse caso, acho que ambos os dois primeiros tem mais chances.


Melhor Documentário

Amy
Cartel Land
The Look of Silence
What Happened, Miss Simone?
Winter on Fire: Ukraine's Fight for Freedom

Nesse caso, Amy é visto como o que tem maior potencial, até pelo já conhecido trabalho do diretor Asif Kapadia, conhecido pelo aclamado documentário Senna.


Melhor Documentário Curta-Metragem

Body Team 12
Chau, Beyond the Lines
Claude Lanzmann: Spectres of the Shoah
A Girl in the River: The Price of Forgiveness
Last Day of Freedom

Difícil estimar, até porque não tivemos a oportunidade de conferir essas produções. Claude Lanzmann é visto por muitos especialistas como favorito.


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Estreias da Semana - 14/01/2016

(14 de jan. de 2016)



Confira, em destaque, as estreias desta quinta-feira, nos cinemas, a seguir:


Snoopy e Charlie Brown - Peanuts, o Filme

Próximo das férias de inverno, a vida de Charlie Brown e sua turma sofre uma mudança com a chegada de uma garotinha de cabelo vermelho. Brown se encanta pela menina e luta contra sua timidez e baixa autoestima para falar com ela. Ao mesmo tempo, Snoopy encontra uma máquina de escrever e inventa uma história fantasiosa e heróica.

Animação / Aventura - (The Peanuts Movie) EUA, 2015.

Direção: Steve Martino.
Roteiro: Bryan Schulz, Craig Schulz e Cornelius Uliano.
Elenco: Noah Schnapp, Kristin Chenoweth, Bill Melendez, Alexander Garfin, Francesca Capaldi, Rebecca Bloom, Anastasia Bredikhina, Noah Johnston, Mariel Sheets, Hadley Belle Miller, dentre outros.

Duração: 88 min.
Classificação: 3 anos.


Creed: Nascido para Lutar

Adonis Johnson nunca conheceu o pai, Apollo Creed, que faleceu antes de seu nascimento. Ainda assim, a luta está em seu sangue e ele decide entrar no mundo das competições profissionais de boxe. Após muito insistir, Adonis consegue convencer Rocky Balboa a ser seu treinador e, enquanto um luta pela glória, o outro luta pela vida.

Drama / Esporte - (Creed) EUA, 2015.

Direção: Ryan Coogler.
Roteiro: Ryan Coogler e Aaron Covington.
Elenco: Michael B. Jordan, Sylvester Stallone, Tessa Thompson, Phylicia Rashad, Andre Ward, Ritchie Coster, Graham McTavish, Wood Harris, dentre outros.

Duração: 134 min.
Classificação: 12 anos.


A Grande Aposta

Michael Burry é o dono de uma empresa de médio porte. Ele aposta dinheiro na previsão de que o sistema imobiliário dos EUA irá quebrar. Ao saber disso, o corretor Jared Vennett percebe a oportunidade e passa a oferecê-la a seus clientes. Um deles é Mark Baum, dono de uma corretora que enfrenta problemas pessoais. Paralelamente, dois iniciantes na bolsa percebem que podem ganhar muito dinheiro ao apostar na crise imobiliária e pedem ajuda a um guru de Wall Street.

Comédia / Drama / Biografia - (The Big Short) EUA, 2015.

Direção: Adam McKay.
Roteiro: Charles Randolph e Adam McKay.
Elenco: Ryan Gosling, Christian Bale, Steve Carell, Tracy Letts, Marisa Tomei, Brad Pitt, Melissa Leo, Margot Robbie, Selena Gomez, dentre outros.

Duração: 131 min.
Classificação: 14 anos.


Carol

A jovem Therese Belivet tem um emprego entediante na seção de brinquedos de uma loja de departamentos. Um dia, ela conhece a elegante Carol Aird, uma cliente que busca um presente de Natal para sua filha. Carol, que está se divorciando de Harge, também não está contente com a sua vida. As duas se aproximam cada vez mais e, quando Harge a impede de passar o natal com a filha, Carol convida Therese a fazer uma viagem pelos EUA.

Drama / Romance - EUA / Inglaterra, 2015.

Direção: Todd Haynes.
Roteiro: Phyllis Nagy.
Elenco: Cate Blanchett, Rooney Mara, Kyle Chandler, Jake Lacy, Sarah Paulson, John Magaro, Cory Michael Smith, Kevin Crowley, Nik Pajic, Carrie Brownstein, Trent Towland, Sadie Heim, Kk Heim, Amy Warner, Michael Haney, dentre outros.

Duração: 118 min.
Classificação: 14 anos.


Steve Jobs

Três momentos importantes da vida do inventor, empresário e magnata Steve Jobs: os bastidores do lançamento do computador Macintosh, em 1984, da empresa NeXT, doze anos depois e do iPod, no ano de 2001.

Drama / Biografia - EUA / Inglaterra, 2015.

Direção: Danny Boyle.
Roteiro: Aaron Sorkin.
Elenco: Michael Fassbender, Kate Winslet, Seth Rogen, Jeff Daniels, Michael Stuhlbarg, Katherine Waterston, Perla Haney-Jardine, Ripley Sobo, Makenzie Moss, Sarah Snook, John Ortiz, Adam Shapiro, dentre outros.

Duração: 122 min.
Classificação: 10 anos.


Boi Neon

Iremar é um vaqueiro de curral que viaja pelo Nordeste, ao lado de Galega e a pequena Geise. Por onde passa Iremar recolhe revistas, panos e restos de manequins, já que seu grande sonho é largar tudo para iniciar uma carreira como estilista no Pólo de Confecções do Agreste.

Drama - Brasil / Holanda / Uruguai, 2015.

Direção: Gabriel Mascaro.
Roteiro: Gabriel Mascaro.
Elenco: Juliano Cazarré, Maeve Jinkings, Samya De Lavor, Vinícius de Oliveira, Carlos Pessoa, Alyne Santana e Josinaldo Alves.

Duração: 101 min.
Classificação: 16 anos.


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Neste domingo foi transmitida pelo canal TNT a premiação do Globo de Ouro 2016.


Ao contrário do Oscar, o Globo de Ouro sempre teve um tom mais leve e muito longe de ser sério. Ao invés de organizar os indicados e convidados numa platéia, eles sentam-se em mesas regadas por bebidas alcóolicas. Dá para ver que são poucos ali que levam o prêmio a sério.


Com Ricky Gervais apresentando o programa, o Globo de Ouro foi marcado pela comédia escrachada. Visívelmente roteirizado, você via o desconforto dos apresentadores cujos discursos visavam um humor de cunho ofensivo.


No fim das contas, ninguém se importa muito com o valor artístico da premiação. Para o público, é apenas uma desculpa para ver vestidos horrorosos sendo desfilados por atrizes no tapete vermelho e flagrar atores embriagados dando discursos repletos de gafes. Com três horas de duração, e inúmeras categorias que juntam TV e cinema, mal há tempo para acomodar todo mundo.


Todos os ganhadores do prêmio tem de agradecer a Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood, que banca a noite. Só que você percebe os ganhadores e o desdém que eles tem até ao ponto de Ridley Scott mandar a orquestra se calar para que não impeçam seu discurso de vitória.


E falando em Scott, qual é o critério desse comitê de votação? Em que universo alguém indica Perdido em Marte como melhor filme na categoria de comédia/musical? Tudo bem que o filme possui diversos monólogos com o personagem carismático de Matt Damon que podem ser interpretados como engraçados, mas não faz sentido nenhum indicar um thriller de abandono espacial e sobrevivência numa categoria dessas. De qualquer forma, o filme levou a estatueta de melhor comédia. E todos sabem o porquê: se o filme tivesse sido indicado na categoria drama, ele teria perdido para O Regresso, com Leonardo DiCaprio, que foi o grande vencedor da noite.


Muitos consideram a premiação um termômetro para o Oscar. Não sei se concordo levando em conta alguns dos critérios que utilizam. O fato de Lady Gaga ter ganho melhor atriz pela série American Horror Story mostra isso. Sejamos francos. Ela é uma cantora que foi contratada no seriado para levantar a audiência. Nem o Emmy Awards daria uma indicação de atuação à ela.


É fato que metade dessas estatuetas são compradas, e até Denzel Washington praticamente admitiu isso em seu discurso na premiação pela carreira.


E agora esperemos pelo Oscar, que virá em março, para ter uma noção melhor de que produções serão aclamadas, de preferência com mais rigor. Pelo menos, eles tentam passar essa impressão, mesmo que também tenha o lado da popularidade em detrimento do esforço.


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Estreias da Semana - 07/01/2016

(7 de jan. de 2016)



Confira, em destaque, as estreias desta quinta-feira a seguir:


O Bom Dinossauro

Os dinossauros foram extintos após a colisão de um asteróide na Terra. O filme mostra como estaria o mundo caso isto não tivesse ocorrido. Mesmo com a presença da humanidade, os dinossauros ainda controlam o planeta, e vemos a amizade de Arlo, um dinossauro adolescente com um jovem menino, Spot.

Animação / Aventura - EUA, 2015.

Direção: Peter Sohn.
Roteiro: Meg LeFauve.
Elenco: Jeffrey Wright, Frances McDormand, Maleah Nipay-Padilla, Ryan Teeple, Jack McGraw, Marcus Scribner, Raymond Ochoa, Jack Bright, Peter Sohn, Steve Zahn, A.J. Buckley, Anna Paquin, Sam Elliott, John Ratzenberger, dentre outros.

Duração: 93 min.
Classificação: 3 anos.


Vai que dá certo 2

Como os primeiros planos de enriquecer não deram certo, Rodrigo, Tonico e Amaral ainda precisam de dinheiro. Eles encontram um vídeo com cenas comprometedoras de Elói e tentam chantageá-lo, mas nada funciona como planejado. Até porque uma prima nada confiável e um grupo de policiais corruptos tentam faturar com tudo isso.

Comédia - Brasil, 2015.

Direção: Mauricio Farias.
Roteiro: Bernardo Guilherme, Fábio Porchat, Marcelo Gonçalves e Maurício Farias.
Elenco: Fábio Porchat, Danton Mello, Felipe Abib, Felipe Rocha, Natália Lage, Verônica Debom, dentre outros.

Duração: 90 min.
Classificação: 14 anos.


Os Oito Odiados

Durante uma nevasca, o carrasco John Ruth transporta uma prisioneira, a famosa Daisy Domergue. No caminho, os viajantes aceitam transportar o caçador de recompensas Marquis Warren, que está de olho em outro tesouro, e o xerife Chris Mannix, prestes a ser empossado. Eles buscam abrigo na armazém da Minnie, onde quatro outros desconhecidos estão abrigados. Aos poucos, os oito viajantes começam a descobrir os segredos sangrentos uns dos outros, levando a um inevitável confronto.

Western / Suspense / Mistério / Drama / Comédia - (The Hateful Eight) EUA, 2015.

Direção: Quentin Tarantino.
Roteiro: Quentin Tarantino.
Elenco: Samuel L. Jackson, Kurt Russell, Jennifer Jason Leigh, Walton Goggins, Tim Roth, Michael Madsen, Channing Tatum, Demián Bichir, Bruce Dern, James Parks, Zoë Bell, dentre outros.

Duração: 175 min.
Classificação: 18 anos.


Spotlight - Segredos Revelados

Baseado em uma história real, o drama mostra um grupo de jornalistas em Boston que reúne milhares de documentos capazes de provar diversos casos de abuso de crianças. causados por padres católicos. Durante anos, líderes religiosos ocultaram os casos, transferindo os padres de região, ao invés de puní-los.

Drama / Suspense - (Spotlight) EUA, 2015.

Direção: Tom McCarthy.
Roteiro: Josh Singer e Tom McCarthy.
Elenco: Mark Ruffalo, Michael Keaton, Rachel McAdams, Liev Schreiber, John Slattery, Brian d'Arcy James, Stanley Tucci, Gene Amoroso, Jamey Sheridan, Billy Crudup, Elena Wohl, Doug Murray, Sharon McFarlane, dentre outros.

Duração: 128 min.
Classificação: 12 anos.


Diplomacia

Em agosto de 1944, no contexto da Segunda Guerra Mundial, o general alemão Dietrich von Choltitz está em Paris sob ordens de comandar a explosão da capital francesa (pontes, prédios históricos e monumentos). Até que, no meio da noite, recebe a visita inesperada do cônsul geral da Suécia, que tenta convencê-lo a desistir e livrar a cidade desse destino trágico.

Drama - (Diplomatie) França / Alemanha, 2014.

Direção: Volker Schlöndorff.
Roteiro: Cyril Gely e Volker Schlöndorff.
Elenco: André Dussolier, Niels Arestrup, Robert Stadlober, Burghart Klaußner, dentre outros.

Duração: 84 min.
Classificação: 14 anos.


Relacionamento à Francesa

Florence e Vincent Leroy são um casal bem-sucedido, com três filhos e ótimos empregos. Tudo corre bem, e ambos recebem propostas de promoção. Contudo, com o caos da vida o casal resolve se separar, só que nenhum deles quer ter a guarda dos filhos.

Comédia / Drama / Romance - (Papa ou Maman) França / Bélgica, 2015.

Direção: Martin Bourboulon.
Roteiro: Matthieu Delaporte, Alexandre de La Pattellière e Jérôme Fansten.
Elenco: Marina Foïs, Laurent Lafitte, Alexandre Desrousseaux, Anna Lemarchand, Judith El Zein, Michaël Abiteboul, Achille Potier, dentre outros.

Duração: 85 min.
Classificação: 12 anos.


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A trajetória de Tarantino

(6 de jan. de 2016)



Estreia nessa semana Os Oito Odiados, o mais novo filme de Quentin Tarantino. Mais uma vez no gênero do western, assim como o recente Django Livre, Tarantino imprime sua identidade com sua paixão pela sétima arte e tendência a extrair diálogos auto-conscientes de seus personagens. Vamos rever todos os passos de sua carreira.


Tarantino jamais escondeu sua paixão pelo cinema. Ao contrário de cineastas como Spielberg e Scorsese, ele não cresceu fazendo filmes caseiros. Mas tendo passado sua juventude trabalhando em uma locadora de vídeo, teve a oportunidade de assistir a inúmeros filmes, incluindo os títulos mais obscuros que se pode imaginar. Foi isso que o levou a entrar nesse mundo.


Tarantino fez questão de abordar todo tipo de gênero em sua filmografia. Cães de Aluguel foi sua tentativa de subverter os filmes de assalto. Pulp Fiction contou múltiplas tramas de forma não-linear. Jackie Brown foi uma adaptação de um clássico de Elmore Leonard, ao mesmo tempo com uma direção destinada a homenagear os filmes blaxploitation. Kill Bill misturou filmes de vingança com mitologia japonesa, e chegou a emular traços de mangá. À Prova de Morte foi sua experiência com o fenômeno dos filmes Grindhouse. Bastardos Inglórios foi sua contribuição para os filmes retratando nazismo e segunda guerra. Já Django Livre foi sua primeira carta de amor ao mundo dos faroestes, remetendo mais uma vez à trama de vingança.


Pra qualquer diretor profissional, ter um início de carreira com um filme aclamado é o melhor dos mundos. Foi o caso de Tarantino. Ele, que já havia vendido os roteiros de Assassino por Natureza e Amor à Queima-Roupa, deixou claro quais eram suas ambições ao impressionar o público com Cães de Aluguel. O filme reuniu um elenco poderoso, incluindo Tim Roth, Michael Madsen, Lawrence Tierney, Harvey Keitel e Steve Buscemi. Tarantino sempre teve sede de subversão ao contrariar as convenções dos gêneros que abordou. No caso deste filme, acabamos vendo um filme de assalto sem jamais saber o que aconteceu, porque a trama começa logo após o evento. Passamos o filme inteiro tentando juntar as peças e entender o que deu errado no assalto.


Quem não se lembra da cena em que o personagem de Madsen corta a orelha do policial Marvin Nash? Em 1992, a cena foi chocante. O que mais marcou nessa sequência foi a ausência de tomadas diretas do banho de sangue. Anos depois, quem colecionou o filme em DVD foi descobrir que Tarantino havia filmado diversas cenas explícitas do evento, mas preferiu cortá-las e deixar a mutiliação mais implícita, até pelo fato dele achar que as próteses não eram realistas o suficiente.


Dois anos depois, Tarantino trouxe mais uma obra para os cinemas. Pulp Fiction foi um banho de metalinguagem e narrativa não-linear, além de não ter um protagonista principal. Assim como Cães de Aluguel, o imenso tamanho do elenco, repleto de personagens foi o suficiente para sustentar o filme. Com Bruce Willis, John Travolta*, Uma Thurman, Samuel L. Jackson, Tim Roth, Ving Rhames, e muitos outros, o filme repleto de diversas tramas diferentes foi capaz de prender o espectador em cada uma delas.


*Muitos também lembram do filme por ter revivido a carreira de Travolta. Sem dúvida que a sequência onde ele dança "You Can Never Tell" com Uma Thurman foi crucial para isso ao explorar a dança coreografada, que sempre foi marca registrada do ator.


O que muitos especulam até hoje é o conteúdo da maleta vista no filme. Até hoje não sabemos o que havia lá dentro. Isso remete ao que cinéfilos chamam de MacGuffin. Um objeto inserido no roteiro de um filme cuja função é incentivar os personagens a tomar ações. O conteúdo do objeto em si é irrelevante.


Cães de Aluguel foi o pontapé inicial de Tarantino. Já Pulp Fiction foi sua consagração. O filme, feito por pouquíssimo dinheiro, reaqueceu o cinema independente norte-americano, e permitiu a companhias como Miramax ganhar espaço na indústria. Tudo isso culminou com as vitorias que Tarantino teve ganhando tanto o Oscar quanto o Globo de Ouro pelo Melhor Roteiro Original. Nascia mais um cineasta-celebridade cultuado por milhões.


Jackie Brown seguiu a linha dos filmes de temática policial, desta vez adaptando Ponche de Rum, de Elmore Leonard. Lançado em 1997, o filme tinha Samuel L. Jackson, Michael Keaton, Robert De Niro e Bridget Fonda como rostos conhecidos. Mas o grosso do filme era protagonizado pela personagem vivida pela esquecida Pam Grier, e seu interesse amoroso vivido por Robert Forster. Não tão preocupado em subverter gêneros como seus dois antecessores, o filme foi uma homenagem direta aos filmes blaxploitation de baixo orçamento feitos na década de 1970. É nesse período que descobrimos o lado apaixonado de Tarantino, já que ele expressa sua juventude como rato de locadora de vídeo. Imaginaria Spielberg fazendo um filme de baixo orçamento tentando emular um gênero esquecido?


Jackie Brown dividiu opiniões. É fato que nenhum filme seria capaz de corresponder às expectativas após Pulp Fiction. Muitos o consideram um clássico. Outros o vêem como uma decepção, desprovido de indentidade. Vale mencionar que muitos fãs da primeira fase de Tarantino acham que ele deveria ter permanecido criando filmes de cunho policial, focando nas vidas de criminosos, ao invés de explorar artes marciais, nazismo e westerns. Para eles, Jackie Brown foi sua última grande obra.


O que levou a uma espera de seis anos até que Tarantino voltasse com outra obra....


Kill Bill começou como uma idéia que Tarantino teve durante as filmagens de Pulp Fiction. Ele e Uma Thurman criaram juntos a personagem da Noiva. Tarantino a prometeu que um dia levaria essa história às telas de cinema. Foi uma espera merecida.


Lançado em 2003, o filme foi uma mistura de diversos gêneros. O roteiro ficou tão longo que Tarantino não teve outra escolha a não ser dividir o filme em duas partes. A primeira parte foi a oportunidade para Tarantino explorar toda sua paixão pelos filmes de artes marciais, além de vivenciar toda a cultura oriental. Teve de tudo neste filme. Até teve espaço para animação japonesa ao mostrar as origens de O-Ren Ishi.


Mais uma vez recorrendo a narrativa não-linear, dividida em capítulos, o filme segue a jornada da Noiva em busca de vingança por ter sido colocada em coma e ter seu bebê retirado do ventre. Kill Bill foi talvez o exemplo mais marcante de uma protagonista direta nos filmes de Tarantino, e dessa vez o público seguiu sua jornada desde seu coma até sua vitória, com direito a plena catarse, angústia e êxtase.


Já o segundo volume foi lançado em menos de um ano. Desta vez, a ação seguiu para um ambiente mais ligado ao western. Assim como a sequência da orelha decepada em Cães de Aluguel, Kill Bill deu a tarantino a chance de se superar com outra sequência de tortura. Nesse caso, a cena onde a Noiva é presa dentro de um caixão e enterrada viva. Um desafio logístico, com cenas filmadas em preto-e-branco, além de uma performance inesquecível. Foi tão marcante que acabou inspirando Tarantino a retomar essa sequência claustrofóbica em um episódio de CSI, além de inspirar o filme posterior de Ryan Reynolds.


Com Thurman, Lucy Liu, Daryl Hannah, Michael Madsen e o lendário David Carradine, Kill Bill foi um prato cheio de metalinguagem, referências a super-heróis, vingança, motivação e cenas puramente hilárias assim como inesquecíveis. Mais uma vez, os fãs ficariam anos à espera pelo seu trabalho seguinte....


À Prova de Morte foi uma experiência inusitada que o cineasta teve com seu companheiro Robert Rodriguez (com quem tinha escrito o roteiro de Um Drink no Inferno). Assim como Jackie Brown explorou o gênero blaxploitation, À Prova de Morte foi uma homenagem aos filmes do fenômeno conhecido como Grindhouse, explorando todos os gêneros apelativos que se pode imaginar. Geralmente, drive-ins passavam diversos filmes mal-cortados e cheios de furos feitos em baixíssimo orçamento. Além disso, os filmes vinham com trailers falsos, vendendo produções inexistentes.


Os filmes não foram tão bem com o público, apesar de ganharem o aprecio da crítica. O filme de Rodriguez foi Planeta Terror, enquanto Tarantino resolveu fazer um filme básico de perseguição automobilística ao escrever o roteiro de Prova de Morte. Assim, Tarantino deu o primeiro papel de atriz à Zöe Bell, que era mais conhecida por seu trabalho como dublê (ela havia sido dublê de Uma Thurman em Kill Bill). Quem viu o filme, lembrará-se da performance de Kurt Russell como Stuntman Mike, um dublê que sequestra e mata mulheres indefesas por puro prazer. O melhor do filme é sem dúvida seu final. Evitando spoilers, só vendo para crer....


Em 2009, Tarantino voltou a chamar atenção ao lançar Bastardos Inglórios. O filme, que reuniu Brad Pitt, Michael Fassbender, Diane Kruger, Eli Roth e Daniel Brühl, foi uma versão fantasiosa da Segunda Guerra Mundial, onde Tarantino tentou projetar o que poderia ter acontecido caso os franceses tivessem tentado matar Hitler.


Geralmente filmes sobre Segunda Guerra fazem sucesso. Filmes que remetem ao holocausto também. Já filmes que mostram soldados fuzilando Hitler em plena sala de cinema, só mesmo vindo da mente de Tarantino. Mas a grande lembrança deste filme foi sua abertura de 10 minutos introduzindo o temido personagem Hans Landa, com a interpretação marcante do até então desconhecido Christoph Waltz. Raríssimo encontrar um vilão capaz de cativar o público num minuto e virar o estômago de todos no minuto seguinte. E tudo isso evitando os requintes de crueldade ou atrocidades. Outra figura marcante do filme foi a personagem Shosanna, vivida pela francesa Mélanie Laurent, que também sustentou boa parte do filme com seu carisma.


Depois de explorar a guerra, Tarantino tinha seu objetivo traçado: filmar um western de verdade, como sempre quis.


Assim veio Django Livre. Com Jamie Foxx no papel principal, eo Waltz como coadjuvante, o filme voltou à trama de vingança vista em Kill Bill. Leonardo DiCaprio, que não pode assumir o papel de Landa em Bastardos Inglórios, deu o melhor de si como o vilão escravagista Calvin Candle. E Samuel L. Jackson roubou completamente o filme por completo mostrando um mordomo negro capaz de ser ainda pior que Candle.


Com belíssima direção de fotografia, excelente trilha sonora, e uma trama quase impecável, dá para ver que mesmo com Django Livre, Tarantino não atrofiou nem um pouco nesses mais de 20 anos de carreira.


E assim antecipamos a estreia de Os Oito Odiados. Ainda veremos para ter uma noção de como será as quase três horas de filme. Infelizmente, não teremos no Brasil a oportunidade de ver isso num cinema com projeção em 70mm, como o longa foi rodado. Mas de qualquer forma, o novo filme aparenta remeter a estrutura de Cães de Aluguel, ao focar toda a ação com diversos personagens num único local. Um caso onde Tarantino retorna a onde tudo começou.


Outro detalhe que marca as obras de Tarantino é sua diversificada trilha sonora (isso sem contar com sua tara por pés femininos). São poucos os diretores com talento e ouvido musical para terem tamanha influência na trilha. Pulp Fiction é um dos melhores exemplos nesse quesito. Aproveite e curta um pouco dessa discografia logo abaixo com direito a um dos melhores momentos de Pulp Fiction:




Posted in 0 comentários Postado por Eduardo Jencarelli às 12:45